Guido Viaro


Guido Pellegrino Viaro



   

Guido Viaro nasceu em 1897 na Itália (Badia Polesine), vindo a falecer em Curitiba (PR) em 1971.

    Dois de seus tios, que eram artistas, deram-lhe as primeiras noções de desenho e pintura e, a partir daí, desenvolveu-se sozinho, aprendendo e dominando as técnicas do óleo, da têmpera, da monotipia e da aquarela, além de ter-se tornado bom desenhista e gravador.

     Chegou ao Brasil em 1927, fixando-se sucessivamente no Rio de Janeiro, em São Paulo e, finalmente, a partir de 1930, em Curitiba.

     Seu destino não era o Brasil, era o México. Estava por aqui naquilo que ele pensava ser uma temporada para fazer economias o suficiente para se instalar naquele país, fascinado que estava pelos murais de Orozco, Siqueiros e Rivera.

     Todavia, foi se aclimatando à capital paranaense, arrumou mil-e-um pretextos para postergar sua viagem. Casou-se, constituiu família e acabou permanecendo em Curitiba até o fim da vida.
     Viaro foi paisagista, marinhista, pintor de figuras e de naturezas-mortas. A paisagem paranaense, com seus pinheiros típicos e sua neblina que envelopa as formas, nele teve o intérprete talvez mais sensível.
     Também fixou em marinhas aspectos do litoral, sobretudo em Guaratuba, localidade em que trabalhou em diversas oportunidades.
     Mas foi acima de tudo pintor de figuras, e ele próprio costumava explicar:
     «Tudo isso é feito para chegar à figura humana; a gente faz paisagem para ser fundo da figura humana; a gente faz natureza-morta para ser complemento da figura humana. É no homem que se realiza toda a grandeza e a meta final da obra plástica.»
     Viaro não se considerava um retratista, argumentando que não pintava especificamente as pessoas e sim os tipos que elas representam.
     Tipos regionais, cenas bíblicas ou eivadas de tênue classicismo, completam a bagagem temática desse artista, que, em dado instante de sua carreira, chegou a abeirar-se do abstracionismo "como recurso para desenvolver novas texturas na busca de novas formas de expressão".
     Guido Viaro só conquistou, no Salão Nacional de Belas Artes, a medalha de bronze, em 1942; em compensação, foi contemplado no Salão Paranaense com as medalhas de prata (1947) e ouro (1951), prêmios de viagem (1952) e de aquisição (1961, 1963).
     Também não realizou muitas individuais: São Paulo (1948), Rio de Janeiro (1948 e 1963), Porto Alegre (1962) e Curitiba (1959 e 1964).
     Participou de diversas coletivas, mormente no Sul do País, e ainda, em 1985, a 18ª Bienal de São Paulo o inclui na sala especial Expressionismo no Brasil - Heranças e Afinidades.
     Por ocasião do centenário de seu nascimento, em 1997, diversas exposições foram-lhe consagradas em Curitiba, ressaltando não apenas a qualidade de sua obra, como sua marcante atividade didática.
     Tendo retratado a natureza paranaense em nuances delicadas, de conotação quase impressionista, Viaro transformou-se diante do assunto social, nas cenas da vida rural e mesmo em determinados temas religiosos, em artista expressionista.
     Como bem observou Quirino Campofiorito, «exibe então uma energia expressionista que atende ao real e à insinuação intensiva do drama, com as acentuações de uma comovente ternura».
      Foi pintor de recursos e artista de nível, que a crítica e os colecionadores brasileiros ainda não redescobriram suficientemente.
Fonte: CD-Rom «500 Anos de Pintura Brasileira»



Auto-retrato 1942 - 42x44cm



Marinha - óleo sobre tela -  1949


Família


auto-retrato 1934 - 44x39cm 


Canal em Morretes


Guaratuba 1949


Passeio Público (em Curitiba) 1936

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Guido Pellegrino Viaro 


Em 1907 já realizava estudos de pintura, paralelamente à sua educação primária. Serviu na I Guerra Mundial, interrompendo seus estudos, mas entre 1921 e 1927 viajou pela Europa e estudou pintura em Veneza e em Bolonha.

Transferindo-se para o Brasil em 1927, trabalhou como ilustrador e caricaturista em São Paulo, além de fazer a decoração de lojas e moradias. Em1929 mudou-se para Curitiba, onde entrou em contato com Theodoro de Bona e Alfredo Andersen, e ilustrou a revista Joaquim ao lado de Poty, em 1946, além de dar aulas.
Foi professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), desde o ano de sua fundação, 1948. Um museu com seu nome foi criado em Curitiba em 1975.
fonte: Wikipedia

A crítica de arte e pesquisadora Maria José Justino lança nesta terça-feira (20), às 19h, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, o livro “Guido Viaro, um visionário da arte”. Título que também dá nome à exposição em cartaz no Museu até o próximo dia 08. Na mesma ocasião, também será lançado o DVD Rom –“Revelando Viaro”, de Juliano Sandrini, com mais de mil reproduções da obra artística do italiano Guido Viaro (1897-1971), além de textos críticos. Durante o lançamento será apresentado o vídeo “Guido Viaro, um retrato coletivo”, produzido pelo neto do artista, Túlio Viaro.
A exposição, o livro, o DVD e o vídeo integram um grande projeto de resgate da obra de Guido Viaro, desenvolvido sob a curadoria do filho do artista, Constantino Viaro, em parceria com Estela Sandrini e Maria José Justino. O Museu Oscar Niemeyer foi parceiro na produção da exposição e do livro. Os produtos em lançamento serão comercializados, individualmente (item a item), na loja do Museu e ainda não há preços definidos.
Em capa dura (21x30cm), com 220 páginas, o livro sobre a vida e a obra de Viaro apresenta textos críticos e referências bibliográficas de toda a produção crítica sobre o artista. A publicação possui mais de 300 ilustrações coloridas de pinturas, aquarelas, gravuras, desenhos e esculturas. O livro contou com a colaboração dos pesquisadores Vera Batista Biscaia e Irai Casagrande.
Todo esse trabalho de resgate teve início com a exibição da exposição “Guido Viaro – Um visionário da arte”, que apresenta a maior retrospectiva da produção de Viaro, que se radicou em Curitiba a partir de 1929. Composta de aproximadamente 200 obras, incluindo pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, a mostra foi aberta ao público em 29 de novembro e foi prorrogada até o próximo dia 08 de abril. “O Medo”, “O Homem sem Rumo” e “Polaca” são algumas das obras-primas presentes na exposição. A maior parte das obras pertencem à família do artista e apenas 30 delas a colecionadores particulares e instituições de arte.





Serviço

Lançamento:
“Guido Viaro, um visionário da arte” (livro)
“Revelando Viaro” (DVD Rom)
“Guido Viaro, um retrato coletivo” (vídeo)
Quando: terça-feira (20), às 19h
Onde: Hall do Pátio das Esculturas, no Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico – CEP: 80530-230
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Não pagam crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes agendados de escolas públicas, do ensino médio e fundamental)

Veneto

Em 2007, transcorrerá o 110o aniversário do nascimento de Guido Pellegrino Viaro, em Badia Polesine, Sargo, Veneto. O filho dos agricultores João Batista Viaro e Santina Solda Viaro transformou-se no artista moderno mais importante do Paraná e um dos mais representativos do Brasil.
Na verdade, Viaro, desenhista, gravurista, escultor e um eterno pesquisador, foi quem introduziu a pintura moderna no Estado onde não tinha a intenção de ficar, mas foi traído pela paixão. Conheceu Yolanda e a passagem comprada para ir ao México foi vendida e transformada em flores para sua amada, como destaca matéria sobre a vida do artista publicada pela secretaria de Estado da Cultura do Paraná*.
Viaro conseguiu romper os laços com a pintura acadêmica, apresentando uma nova proposta artística numa cidade que se ressentia de maiores informações sobre os novos movimentos artísticos mundiais.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi praticamente ignorada pelos curitibanos. Foi Viaro quem quebrou lanças para mostrar os novos caminhos da arte. Lutou de todas as formas, criando discípulos que hoje são pintores importantes, tais como Fernando Velloso, Fernando Calderari, Juarez Machado, Domicio Pedroso, Ida Hanemann Campos, Luiz Carlos Andrade Lima, João Osório Brezezinski, Euro Brandão e tantos outros que passaram pela sua escola e foram contagiados pelo seu entusiasmo.
Em 1937, fez as primeiras experiências com crianças, iniciando a primeira escolinha de arte do país, que mais tarde se transformou no Centro Juvenil de Artes Plásticas. Sua intenção não era fazer artistas , mas sim desenvolver uma nova mentalidade artística através da arte na educação. Era catequizar as crianças e proporcionar-lhes um conhecimento artístico que talvez seus pais não tiveram.
Já na pequena Badia Polesine, sempre soube claramente o que queria. Sua vontade era ser pintor, e nenhum obstáculo seria suficientemente forte para impedir que ele realizasse esse desejo. Lutou contra a vontade da família - que o queria médico - contra as dificuldades financeiras, contra a pobre cultura camponesa - que o abafava - e com todas as dificuldades que um rapaz pobre tem para seguir uma carreira artística. Percebeu, muito cedo, que os horizontes do mundo eram muito mais amplos que o cinturão verde que circundava sua cidade natal.
Seu tio Angelo Viaro, escultor de grande nome em Bolonha, vendo suas pinturas, percebeu cedo seu talento e mandou um de seus trabalhos a um Salão de Veneza, que lhe deu uma menção honrosa, quando tinha 15 anos de idade.
Abafado pela tranqüilidade da aldeia, foi a Veneza, onde apaixonou-se pela cidade e pelo modo sensível com o qual os venezianos respeitavam as artes e os artistas. Em seguida foi a Florença, Milão e Roma, para completar o volume de informações que necessitava para formar sua cultura artística.
A ampliação de seu horizonte era Paris. Sua primeira viagem foi de carona com um corredor de automóveis. Sofreu, passou fome, trabalhou, mas conseguiu sobreviver. Conheceu artistas, movimentos artísticos, viveu momentos muito importantes de sua vida. Voltando à Itália, desiludido com os movimentos políticos, cujas ações efervescentes minavam a juventude da época com autoritarismo, prepotência e violência, resolveu reunir algumas liras e comprar uma passagem para o Brasil.
Chegando ao Rio, já sentiu a despreocupação do povo com as definições ideológicas rígidas que o caldeirão político italiano impingia obsessivamente a seus jovens.
Em São Paulo, sentiu-se bem, começando a segunda parte de sua trajetória artística. Trabalhou como desenhista de jornais, mas já em 1927 fez sua primeira exposição individual. Foi muito bem recebido em São Paulo, por intelectuais, pintores e críticos. Vendeu quadros e teve a encomenda de alguns murais, muito em moda na época, em cafés e em algumas mansões da Av. Paulista e Jardins.
Esteve em algumas cidades do interior de São Paulo, vindo a seguir a Curitiba. Sua intenção não era ficar no Brasil, e sim conhecer o país, vivendo de sua arte.
Curitiba, que em sua intenção inicial era apenas mais um local onde permaneceria por algum tempo, talvez tenha lhe proporcionado a surpresa mais inesperada de sua vida. Conheceu Yolanda e apaixonou-se loucamente por ela. Foi o casamento que fixou Viaro, consolidou seu trabalho de artista e mestre na cidade que o acolhera. Mas ele também fez o possível para retribuir, transmitindo o que sabia de seu ofício a seus semelhantes.
Se conhecer Yolanda foi a grande mola propulsora de sua inspiração artística, sua morte, em 1970, causou um dano irreversível a seus sentimentos. A vontade de viver acabou. Foi se consumindo a cada dia, sem doença, mas também sem vontade de viver. Sua morte parecia ter encerrado sua passagem feliz pela terra, passagem que somente poderia ser vivida a dois.
Em seus escritos, Viaro diz: “Sempre sonhei de olhos abertos com viagens e terras distantes, aguardando chamados impossíveis”.
*Bibliografia
Guido Viaro artista e mestre. Curitiba, Departamento de Cultura da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Estado do Paraná, 1967.
FUNARTE, Guido Viaro, Brasília: Fundação Nacional de Arte, 1977.BRANDÃO, Euro. Guido Viaro: a valorização da figura humana, Curitiba : Museu Guido Viaro, 1981.
fonte : http://oriundi.net
          http://oriundi.net/site/oriundi.php?menu=noticiasdet&id=5985
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Biografia do site Bem Paraná



Guido Pelegrino Viaro nasceu em Badia Polésine, província de Rovigo, Veneto, Itália, em nove de setembro de 1897. Seus primeiros estudos e o curso secundário foram realizados na sua cidade natal, onde seus pais eram agricultores. Lá também, aos nove anos, iniciou seu aprendizado artístico, continuando os estudos na Escola Rossi, de Veneza e, mais tarde, em Bolonha. Retornando a Badia, foi professor da Escola Artística da cidade e ao deflagrar da Primeira Guerra Mundial alistou-se na Marinha Italiana. Viajando de navio, chegou ao Rio de Janeiro em 1927, mudando-se, logo depois, para São Paulo, onde elaborou trabalhos gráficos como ilustrador em jornais e realizou uma série de murais. Sem nunca abandonar a pintura, nesta mesma época, fez sua primeira exposição individual.

Em 1930, vem residir em Curitiba e trabalha como professor de desenho em colégios particulares. Quando pensava seriamente em retornar à Itália, Viaro apaixona-se por uma moça e – como ele diria mais tarde – gasta todo seu dinheiro em flores para presenteá-la. Casa-se com ela, Yolanda Stropa, em 1935, e no ano seguinte é nomeado professor na Escola Profissional República Argentina.
Viaro iniciou em Curitiba um trabalho pioneiro para despertar a criatividade das crianças e o gosto pela arte, sendo sua primeira experiência a Escolinha de Arte do Colégio Belmiro César, aberta em 1937. Em seguida, ele é transferido para o Colégio Estadual do Paraná, onde criou a sua mais famosa Escolinha de Arte, reputada como a melhor do Brasil. Em 1953, fundou outra, a Escolinha de Arte da Biblioteca Pública do Paraná, que tomou o nome de Centro Juvenil de Artes Plásticas.
Dentro de uma nova perspectiva artístico-pedagógica, ele organizou um curso para formação e especialização de professores normalistas do interior do estado e foi mentor de uma filosofia de ensino de arte cujo objetivo principal era atingir as crianças através dos professores. Mais tarde fundou a “Escolinha de Arte” da Biblioteca Pública do Paraná.
Em 1948 foi fundada a Escola de Música e Belas Artes do Paraná, que teve, em Viaro, o seu professor mais querido e respeitado, tanto que o diretório acadêmico desta instituição hoje traz seu nome.
Com um currículo respeitável, Viaro foi distinguido com inúmeras premiações e homenageado no Museu Oscar Niemeyer com a maior exposição já realizada sobre um artista paranaense que recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba, pela Câmara Municipal.
No dia 4 de novembro de 1971, morreu Guido Viaro, aos 74 anos de idade, deixando uma obra admirável e um exemplo de arte e vida. O Museu Guido Viaro foi inaugurado em 19 de março de 1975, instalado em prédio usado anteriormente pela Aeronáutica e reformado segundo projeto de Júlio Pechman.
Em abril do mesmo ano foi criada a Cinemateca do Museu Guido Viaro, onde também se desenvolviam trabalhos de pesquisa, recuperação e produção de filmes e vídeos, além de oferecer uma programação seletiva de filmes de arte.
Fazendo parte ativa da vida artística e cultural da cidade, o museu desenvolveu ao longo dos 20 anos de existência, uma intensa programação de exposições e mostras de artistas novos e convidados. Nas suas salas de exposições temporárias passaram nomes dos mais expressivos nas artes plásticas e no último andar funcionava o Centro de Documentação e Pesquisa com material disponível aos pesquisadores e ao público.
O Museu Guido Viaro também mantinha um Atelier Livre, criado em 1978, onde mais de uma geração de artistas plásticos recebeu orientação especializada através de cursos e oficinas, tendo a artista plástica Suzana Lobo ali se destacado como orientadora de arte, além de diretora do museu. Do acervo faziam parte quase 200 obras, entre óleos, aquarelas, desenhos, gravuras e esculturas, que foram cedidas em comodato pelo advogado Constantino Viaro, filho único de Guido Viaro. O museu funcionou até 1994, quando o acervo retornou às mãos do herdeiro de Guido Viaro.
O que pouca gente sabe é que, em primeiro de novembro de 1994, de acordo com o Presidente da Fundação Cultural de Curitiba Geraldo Pougy, assumi a Diretoria do Museu Guido Viaro com a função específica de recuperá-lo, fazer adequações museológicas em sua reserva técnica e nas salas de exposições, para o retorno mais breve possível das obras de Guido Viaro ao museu, além de manter em atividade o seu Centro Documentação e Pesquisa durante a reforma. 
Tal qual foi comentado na coluna passada pouca gente sabe que, em novembro de 1994, de acordo com o então Presidente da Fundação Cultural de Curitiba Geraldo Pougy, assumi a Diretoria do Museu Guido Viaro com a função específica de recuperá-lo. Do projeto constavam vários procedimentos para a adequação museológica do prédio, desde a sua reserva técnica até as salas de exposições. O objetivo principal seria o retorno, o mais breve possível, das obras do mestre ao museu, além de manter em atividade o seu Centro Documentação e Pesquisa durante o que se poderia chamar de readequação.
Assim, todos os painéis de exposição – que eram feitos de madeira compensada já desgastada pelo tempo de uso – bem como o mobiliário que estava no prédio desde a sua inauguração ocorrida em 19 de março de 1975, foram retirados e uma faxina geral teve início.O Atelier Livre, que foi criado em 1978 para orientação e pesquisa dos artistas plásticos, ganhou um acesso direto junto à portaria, sem necessidade de circulação pelo interior do museu. A Cinemateca do Museu Guido Viaro, instituída em abril de 1975, onde por muitos anos foram projetados filmes de arte e documentários, também passou por uma limpeza e consertos gerais. O Acervo da Cinemateca que possuía películas cinematográficas e vídeos não precisou de nenhuma alteração porque ali continuamente se desenvolviam trabalhos de manutenção, tanto do local quanto dos filmes. A localização do Acervo Artístico, que era no terceiro andar foi deslocado para outro andar para que a coleção de obras do Guido Viaro ficasse mais acessível próxima das salas de exposição.Com a remoção dos painéis de compensado das Salas de Exposições Temporárias, pois a maioria deles tapava as janelas impedindo a entrada de luz natural, os ambientes ficaram claros e, pintados de branco, passaram a destacar as mostras ali realizadas.No Centro Documentação e Pesquisa – que ficava no último andar do prédio – todas as estantes foram pintadas e deslocadas de modo a permitir melhor circulação e funcionamento do setor.As instalações de cozinha e banheiros foram consertadas e conseguimos que fosse instalado na copa um conjunto de cozinha de pequenas dimensões que reúne geladeira, pia e fogão que estava disponível em outro local.Só faltava instalar o ar condicionado e os trainéis (suportes deslizantes para obras de arte) da Reserva Técnica (local onde são guardadas as obras de arte), mais as duas portas de vidro da Sala do Acervo quando soubemos que o prédio seria utilizado para outro fim.
Ainda bem que, depois de 15 anos, o Museu Guido Viaro ressurgiu graças a Constantino Viaro, e agora está em novo endereço: Rua XV de Novembro, 1348 – Informações 41-3018-6194. O edifício adquirido para abrigar o atual Museu é um imóvel de preservação histórica, construído em 1929, situado na rua XV de novembro, em frente à Reitoria da UFPR, local onde a universidade projeta o Corredor Cultural da cidade. A restauração do espaço foi feita pela arquiteta Zulma Schüssel e pelo engenheiro Ricardo Schüssel e o espaço interno foi inteiramente transformado para se adaptar às necessidades de um museu. O acervo reúne aproximadamente 250 óleos sobre tela, 700 desenhos e mais de 100 gravuras de Viaro. O espaço conta com uma sala de projeção com capacidade para 40 lugares e equipamento para exibição de filmes. Na área do imóvel há mais um prédio, que será utilizado para a realização de cursos, além de um estacionamento pago. “É uma forma de ajudar a sustentar o museu, que tem entrada gratuita”, diz Constantino. Esta primeira exposição do Mu­­seu, distribuída em dois amplos salões, é uma espécie de retrospectiva, com cerca de 90 obras das diversas fases do artista desde 1930, quando se instalou em Curitiba, a 1971, ano de sua morte. Parabéns, Constantino!

fonte: http://www.bemparana.com.br


    

Todos estes itens foram então cancelados junto com a compra da tinta para a pintura externa do museu, o que considerávamos o nosso maior chamariz para o público, já que era uma cor bem viva e adequada ao novo Museu Guido Viaro. O contato a ser feito com o senhor Constantino Viaro – filho e herdeiro do acervo do artista – nunca aconteceu porque estávamos aguardando o término das adequações dos espaços para que ele comprovasse as ótimas condições do local. Mesmo assim, o museu funcionou até 1996, sendo Vergínia Maria Zanini e Sandra Bezerra de Oliveira suas últimas diretoras. E o prédio totalmente reformado hoje abriga a Casa da Memória.














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